26.4.05

Vou me embora para Pasárgada...


Depois de muito tempo pensando, eu decidi. Vou embora. Chega de ficar correndo atrás de emprego, sem ter grana para sair de noite, dar um passeio ou poder planejar férias. Antes que digam que eu só quero vida boa, eu gosto muito de trabalhar sim. Eu amo o que eu escolhi para fazer da minha vida. Esta, aliás, é uma das poucas certezas inabaláveis que eu tenho (mas isto é assunto para outro momento)...

Para os que ainda não sabem: Io sono italiano, grazie a dio. Sim, sou legalmente cidadão italiano, graças ao meu avô materno. O que todos devem saber é que isto abre uma gama de possibilidades muito grande. A chance de morar e, principalmente, trabalhar na Europa pode trazer um grande aprendizado, além de ser uma oportunidade de viver em um país mais "lógico", digamos assim...

Que ninguém pense que eu estou achando que vou viver na Disneylândia. Não, eu sei que o início vai ser complicado, e que sempre existe a chance de a coisa não dar certo. É por isso mesmo que eu não estou indo agora, por exemplo. Quero ter uma certa segurança financeira antes de me "aventurar". Estou me preparando para uma grande mudança na minha vida, mas se o resultado for ruim, estou trabalhando para que seja o "menos ruim" possível.

Londres. A capital inglesa será o meu destino inicial. É lá que eu vou morar nos primeiros tempos, e só Deus sabe por quanto tempo. O certo é que eu vou conhecer bem a cidade e a terra dos Beatles, antes de "partir para outra". A minha idéia, na verdade, é bem simples. Vou para onde a vida me levar. Quero trabalhar, a médio prazo de volta com jornalismo e comunicação, se for possível, mas não vou fincar raízes em lugar nenhum. Minhas raízes estão e sempre estarão aqui, em Porto Alegre. O resto é galho, e por aí eu vou...

Essa idéia de ir para a Europa já é "velha". Aqui mesmo eu já comentei sobre ela, há meses atrás. Por todo este tempo, contudo, eu pensei nesta viagem como um objetivo a longo prazo. A idéia era trabalhar para, quando tivesse grana, ir. Lá se vão 11 meses, e nada de emprego, nem de dinheiro. No último final de semana eu acabei decidindo. Eu quero ir, e é para isto que eu vou trabalhar daqui para frente.

E vou trabalhar mesmo. Vou fazer cursos técnicos de informática para aprofundar alguns conhecimentos que eu já tenho, vou oferecer trabalho de digitação, o que for. Não sei bem ainda o que vou fazer, e nem quando vou. Minha idéia é ter condições de ir lá pelo meu aniversário, mais ou menos, se nenhuma nova idéia de fonte de renda me surgir.

Os meus planos são de ficar lá o tempo que for. Um ano, dois, três, não sei. Quero, com calma, tentar fazer a minha vida lá. Se não der, quero juntar uma grana legal para poder voltar para cá com a chance de começar uma vida "nova". Também quero aprender, e muito, sobre me virar sozinho. Existem coisas mais "simples" que tornam esta viagem ainda mais desafiadora. Eu moro no mesmo lugar desde que tinha 11 meses de vida, ou seja, vivi a vida toda no mesmo lugar. A mudança de "referencial", e o fato de ter que sustentar o novo também serão aprendizados muito importantes.

É claro que eu não poderia esquecer dos meus amigos. Esta, além é claro da minha família, é a única parte ruim disto tudo. Hoje eu fico feliz quando encontro amigos das mais variadas épocas, lugares ou situações, quase que diariamente, sem nunca perder o contato com quase nenhum. Eu sei muito bem que, por mais que eu não queira, muitos destes contatos se perderão. Não é verdade que nos tornaremos menos amigos, claro que não. Mas aquele convívio do dia a dia, de contar como foi o final de semana ou aquela festa, vai se perder. Quero que todos eles saibam que vou levá-los comigo e, sem deixar promessas que depois não possa cumprir, vou fazer o possível para não desaparecer.

É isso aí. Hoje começa uma fase de transição, que só estará terminada daqui a um ano, quem sabe. Mais do que a preparação para a viagem, é a preparação para uma nova fase da minha vida. Boa sorte para mim, e para todos.
1500

22.4.05

Porque toda a história tem um começo...

Image hosted by Photobucket.com

Para salvar seu filho da destruição do seu próprio mundo, um pai o envia através do espaço para um planeta distante, onde ele poderá crescer e se desenvolver como se fora um nativo. O menino, adotado pela família Kent de Smallville (Pequenópolis, em Português), interior do Kansas (EUA), desenvolve super-poderes graças aos efeitos do sol amarelo. Depois de uma bucólica adolescência na fazenda da família, o jovem Clark Kent decide ir para a cidade grande, Metrópolis. Ele então começa a trabalhar como jornalista no Planeta Diário, onde conhece, entre outros, Lois Lane.

Todo mundo conhece esta história. Criada há mais de meio século e imortalizada no cinema durante a virada dos anos 70 para os 80, a história do último sobrevivente do planeta Kripton, vivido nas telonas por Christopher Reeve, é até hoje a mais famosa história de super-heróis. Desde 2001 uma parte até então quase desconhecida desta biografia vem sendo mais profundamente explorada. "Smallville", produzido pela Warner Channel, conta a história do jovem Clark Kent, antes de ele se mudar para Metrópolis, e enquanto ele descobre suas habilidades especiais.

Na verdade, a série conta a história do estudante Clark Kent ao seu modo. Todo o universo do super-homem está aí. Lana Lang, Lex Luthor, Pete Ross, Jonathan e Martha Kent, e até mesmo Perry White e Lois Lane, em participações especiais. Com diferenças em relação ao filme (que é a versão mais famosa da história), o seriado apresenta uma versão própria da adolescência de Clark. Nesta, ele e Lex são grandes amigos, e a transformação deste no seu maior inimigo acontece lentamente.

É como se fosse um interminável novo filme do super-homem. Quando começou, "sabia-se" que terminaria onde inicia o filme de 1978, ou seja, Clark se tornaria jornalista, se mudaria para Metrópolis, e teria total controle sobre seus poderes, então praticamente desconhecidos. Além disso, só depois de começar a trabalhar no Planeta Diário viria a conhecer, entre outros, Lois Lane e Lex Luthor. As diferenças entre as duas versões da história podem até assustar, ou decepcionar, quem gosta do filme em um primeiro momento. Mas logo a atenção é dominada pelos problemas que o sempre inseguro Clark Kent tem que enfrentar.

Eu acredito que uma das grandes razões para o sucesso da série seja exatamente a curiosidade que a idéia de como teria sido a adolescência do herói desperta. Além disso, as dificuldades que ele tem para manter segredo sobre suas habilidades também são muito bem demonstradas, e a existência de uma grande história "secundária", que se desenvolve como pano de fundo durante os episódios, é outro fator interessantíssimo desta série.

Smallville está em sua quarta temporada. A High School americana, onde o personagem estuda, possui 4 anos. Supostamente, aqui terminaria a série já que, na faculdade Clark Kent não vivveria mais em Smallville. Não sei exatamente como vai ser, mas sei que já estão programadas outras temporadas. Espero que sim, pois ainda existe muito o que explorar, mesmo nos arredores da Fazenda Kent.

Onde assistir: Warner Channel
4ª temporada: Ter, 21hs.
Reprises: Qua, 14hs; Sab, 19hs
Episódios Antigos:
Seg a Sex: 10:30 e 16:30

1465

10.4.05

Uma brasileirinha


Quem não viu, veja. No final da etapa brasileira da Copa do Mundo de Ginástica, realizada na manhã deste domingo em São Paulo, Daiane dos Santos foi, mais uma vez, ouro. E mais do que isto, foi personagem de um momento histórico do esporte brasileiro. No meio da sua apresentação uma falha do sistema de som do Ginasio do Ibirapuera, mas ela se manteve dentro da coreografia até o final, acompanhando, ou sendo acompanhada, pelo ritmo das palmas que a torcida brasileira - que lotava o ginásio - batia dando força a nossa pequena notável.

Momentos depois, já no pódio, outro momento emocionante. Quando tocou o hino nacional a torcida cantou junto, cantando em coro até o final, mesmo depois que a música terminou. Isso tudo me lembrou dos melhores momentos do esporte brasileiro, nas conquistas do futebol, do vôlei ou, como era tradicional nas manhãs de domingo, na Fórmula 1.

Uma menina simples, humilde e muito determinada. Encontrada quase por acaso numa praça de Porto Alegre há alguns anos, e que já é, sem dúvida, uma das melhores ginastas do mundo. Quantos outros talentos, como este, não estarão perdidos entre nós? O Brasil é, sem dúvida, um dos países com maior potencial esportivo de todo o mundo, talvez atrás apenas dos Estados Unidos, e mesmo assim...

O que falta para o Brasil não são atletas talentosos, mas sim a culturalização do esporte. Aos que digam que nós somos um povo "esportivo", eu digo que não somos. Somos um país "futebolístico" e, ainda assim, só agora parece que chegamos perto do "primeiro mundo" no que diz respeito à organização. O futebol, aliás, é um bom exemplo desta realidade que se aplica a todo o nosso esporte. A nossa organização, e até mesmo a estrutura do nosso futebol são muito ruins, e os talentos aparecem sem qualquer interferência destes.

O exemplo do tênis é o mais triste. Ainda que o talento de Gustavo Kuerten seja indiscutível, ele apareceu quase por acaso. Ainda assim, não houve a preocupação, seja por parte das federações ou dos patrocinadores, de melhorar a base deste esporte no país, para manter o interesse do público e, aí sim, construir esta "cultura" no nosso povo. E o que aconteceu? Guga não joga mais o mesmo tênis de alguns anos, e não há substituto. Tudo indica que, em poucos anos, o atleta catarinense se una a Tomas Koch e Maria Ester Bueno, na história do esporte, como mais uma boa lembrança dos "anos de ouro" do tênis brasileiro.

O vôlei é o exemplo positivo. Os investimentos no esporte começaram nos anos 80, e deram seus primeiros frutos em 1992, quando a seleção brasileira foi campeã olímpica, fato, contudo, então surpreendente para grande parte do Brasil. O investimento prosseguiu, e hoje a visibilidade do vôlei é grande, comparada com os outros esportes (que não o futebol), e nossas seleções (masculina e feminina) estão sempre entre as melhores do mundo. Hipismo, natação e basquete são exemplos de esportes em que o Brasil volta-e-meia se destaca, mas sem grandes investimentos e/ou organização.

Agora é a hora da ginástica. Felizmente, o esporte parece estar organizado, e aos poucos começam a aparecer novos talentos brasileiros neste esporte. O nosso esporte merece, e o nosso povo também. Quem sabe se, com o investimento em esporte não venha também, em algum tempo, investimento privado em educação? Delimitando bem os limites desta relação, não há razão para impedir...

O futuro, entretanto, depende do presente. Sempre surgirão novas Daianes, novos Gugas ou, quem sabe, novos Sennas. Contudo, para que isto deixe de ser obra do caso e se torne algo natural, é preciso uma mudança de mentalidade também. É claro que sempre haverá pessoas que gostem deste esporte ou daquele, mas ser campeã mundial de ginástica não é menos do que o ser na natação, ou mesmo no futebol. É preciso que se entenda isso. Não é necessário que as coisas mudem para amanhã, mas é preciso que mudem!!

Enquanto isso, façamos reverência a talentos - como o da gauchinha Daiane dos Santos - que tiveram a sorte de serem encontrados e reconhecidos. Eles merecem.
1306

6.4.05

Você precisa de alguém...



...que te dê segurança!!!


Carência. Maldita palavra. Sentimento instintivo, que nos proíbe de sermos felizes, não importa o quanto temos ou conquistamos. Pode-se ter muito dinheiro mas, se não tiver uma boa razão para gastá-lo, nada do que se fizer valerá a pena. Pode se ter dezenas de amigos, mas se for para sair sempre a três, melhor ter poucos. Pode-se tudo, mas se faltar uma única coisa, não adiantará de nada.

Eu sou um bom amigo. Um ótimo amigo até mesmo, eu diria. Sei escutar os problemas dos outros, e sou incansável na batalha para vê-los melhor. Tenho muitos amigos, e tenho certeza que eles sabem disso. Para mim, é como se cada um fosse único, e na verdade é.

Quando eu fiz a brincadeira no 1o de abril, alguns se irritaram; outros acharam "burrice" minha brincar com algo que, na verdade, eu quero tanto; e a maioria ficou triste ao descobrir que não era verdade. Eu, no caso, ri de todos, mas isso também me fez pensar...

Eu não acredito em unanimidades. Ninguém agrada a todos, e eu sei que não agrado. Contudo, foram muitas as demonstrações de carinho de várias partes, por causa desta brincadeira. Para mim foi fácil escrever aquele texto, fazendo-o parecer tão real, pois tudo aquilo é real, exceto, que todos aqueles sentimentos tenham chegado ao fim. Não, eles ainda estão aqui comigo, me rondando e não me deixando descansar...

Se eu for contar da última vez que eu disse, ou que eu considerei para mim que estava namorando, lá se vão "apenas" 4 anos. Mas, se eu for contar a última vez que eu namorei, por um tempo razoável, e de uma forma "completa", bom....

Eu amei algumas mulheres. Poucas, é verdade, e seus nomes não vêm ao caso neste momento. O fato é que entre todas as mulheres com as quais eu me relacionei, duas em especial marcaram a minha vida. Nenhuma das duas, contudo, correspondeu...

É muito bom ouvir alguém dizer que sou merecedor de uma pessoa especial, pois também desejo isso para muita gente. Entretanto... cadê???

Eu até já expliquei isto aqui, de certa forma, mas a minha vida é dividida em duas "faces" muito distintas. . O profissional seguro, e o pessoal carente. Eles se completam, sem dúvida... mas se um não estiver bem, nenhum dos dois estará...

O meu problema é que eu sei demais. Uma das coisas que me faz ser um grande amigo é que eu tenho uma compreensão incomum do mundo e das relações humanas. Não há nada demais nisso, mas isto talvez esteja me deixando teórico demais e prático de menos. Como voltar atrás? Como esquecer o que se sabe? Como se distrair de algo que se vê acontecendo toda a hora?

Uma das coisas que eu mais digo para os meus amigos é que eles focam no complexo e esquecem do simples. Algumas vezes, se pararmos para pensar, o tamanho do monstro não é nada mais do que besteira da nossa cabeça. Eu também costumo dizer para as pessoas não focarem sua vida em apenas um objeto, ampliarem seus horizontes, buscarem outros aspectos, outras formas. O risco, neste caso, é perder oportunidades por não deixá-la se aproximar...

Eu bem sei que posso estar agindo assim. Mas eu desisto, não sei mais o que fazer. Sinto um grande vazio no coração, neste grande coração que quer alguém que também lhe queira. Sim, eu tenho medo de me apaixonar "errado" de novo. Mas e daí, o que eu faço?

Eu quero, eu preciso, eu mereço. Aonde está você?
1232

4.4.05

Adeus João de Deus


No último dia 2 de abril o mundo perdeu aquele que foi, sem dúvida, um dos homens mais importantes do século XX. Durante seus 84 anos de vida e, principalmente, em seus 26 anos de papado, Karol Vojtyla ajudou a construir o mundo tal qual o conhecemos hoje. Sua figura ajudou a unir nações divididas, e sua luta pela paz em todos os cantos do mundo jamais poderá ser contestada.

João Paulo II - nome que assumiu ao se tornar o 264º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana - foi, sem dúvida, um homem admirável. Defendeu seus princípios até quando lhe foi possível, e de todas as formas que conseguiu. Aproximou a "Igreja de Roma" da "Igreja Ortodoxa", perdoou os judeus, visitou a Cuba comunista de Fidel Castro e, acima de tudo, foi um homem com uma fé inabalável, e um senso de justiça raro.

Eu nasci poucos dias depois do início do seu papado. Em 28 de outubro de 1978, enquanto Wojtyla se tornou João Paulo II no dia 16 do mesmo mês. Apesar de natural, acho que vai ser estranho para mim nestes próximos anos é pensar no Papa como outra pessoa. É como se só agora eu, e acredito que muitas pessoas mais jovens que eu, tivesse me dado conta que ninguém "é" Papa, mas sempre alguém que apenas "está".

Já não sou mais tão católico quanto fui na adolescência, e com toda a certeza discordo da Igreja em aspectos importantes da sua doutrina. Contudo, este momento deve ser de silêncio e respeito a um dos, como eu disse, grandes personagens do século XX. Para a Igreja e, de certa forma para todo o mundo ocidental, é como se o século XXI começasse agora, com 5 anos de "atraso".

O próximo Papa será certamente diferente de João Paulo II, assim como ele foi diferente de seus antecessores. O novo Papa, entretanto, não precisa se diferenciar de Karol Wojtyla no que se refere a relação da Igreja Católica com o mundo "exterior" (seja em nível político ou religioso), mas é preciso, para o bem da humanidade e do próprio Cristianismo, que ele seja menos intransigente com relação a algumas questões morais e doutrinárias da própria Igreja. É importante que o líder de qualquer religião seja coerente com o mundo onde vive, e para isto não é necessário negar ou trair a sua própria fé.

Que Deus guarde consigo este grande homem, e que sua alma nos proteja para sempre. Haverá outros Papas, mas nenhum substituirá ou diminuirá a importância que João Paulo II teve para o seu tempo. Amém.
1193

1.4.05

Estou namorando!!

Image hosted by Photobucket.com


Há muito tempo eu pensava em escrever algo que falasse diretamente sobre amor. Muitos dos meus textos já falaram disso em vários aspectos, mas nenhum diretamente. Eu sempre tive muita coisa para falar sobre amor, mas por alguma razão ainda não tinha sentado para escrever sobre isso.

Bem, se era de uma razão que eu precisava, agora eu a tenho. Depois de anos procurando por todos os cantos sem encontrar, eu fui encontrado. Eu sei que muita gente me falava isso, mas eu também sei que certas coisas - como não focar a vida tanto num único "ponto" - não dependem apenas de vontade. As coisas acontecem quando tem que acontecer e, mesmo que levem tempo, a sua chegada sempre compensa a espera.

Posso dizer que foi mais ou menos por acaso, se é que estas coisas acontecem por acaso. Eu e ela nos conhecíamos, de certa forma, já há algum tempo, mas apenas nas últimas semanas começamos a nos aproximar. Eu, vacinado, lutei até o fim para deixar a coisa rolar por si, e mantive a minha vida focada no profissional, para não criar expectativas. Não é a primeira vez que eu forço uma distração para não me envolver "automaticamente" com alguém, mas é a primeira, das que eu me lembro, que isto funcionou...

A paz de espírito que eu estou sentindo agora é muito grande. Quando eu me lembro do meu medo de rejeição - que eu sei que continua aí mas graças a este novo contexto agora eu tenho uma nova forma de trabalhar isso -, e quantas vezes eu me arrependi de fazer, ou principalmente de não fazer, alguma coisa, sinto que tudo valeu a pena. Eu sinto como se, se a minha vida tivesse como objetivo chegar no dia de hoje, tudo valeu a pena, e eu estou realizado.

É estranho, agora, pensar nas outras mulheres por quem eu estive interessado ou afetivamente envolvido nos últimos anos. Algumas, como eu dizia, vão ter sempre um lugar no meu coração, pois foram duros aprendizados e também tiveram seus - curtos - momentos especiais. Outras, que me desculpem, mas parecem fazer parte de uma época já longínqua, da minha adolescência ou algo do gênero...

Durante este tempo que eu estive sozinho, eu vi muita coisa "impressionante". Muiitas, mas muitas amigas minhas sendo ignoradas, mal tratadas ou mesmo desrespeitadas por seus namorados. Agora, eu sei bem disso, é hora de eu demonstrar que eu não trataria uma mulher "assim", como eu sempre fiz questão de frisar. Não acho que terei dificuldades mas, de qualquer forma, o meu sentimento hoje me leva a querer fazer de cada novo momento um momento especial e inesquecível. Não sei se vai durar para sempre, mas vou fazer de tudo para que seja eterno enquanto dure.

Como seria bom se nos sentíssemos assim todos os dias. Aliás, faz tempo que eu não me sinto assim... Acontece que, eu não sei se você viu, mas hoje é primeiro de abril!!
1138