Uma lição de amizade...
O cinema sempre se arrisca muito quando transforma sucessos dos desenhos animados em filmes. Muitos são os exemplos que sofreram esta mudança e não obtiveram sucesso. O maior exemplo que eu me lembro agora é o Mr. Magoo, o simpático velhinho cego que foi destruído por hollywood, mesmo na pele do ótimo Leslie Nielsen.
Mas para a felicidade geral, não foi o que aconteceu com o Garfield. A sorte do gato laranja talvez venha do fato de que, já no desenho, o felino se entendia e se comunicava com os seres humanos, mas não era compreendido. Ou seja, os atores que contracenaram com ele não precisaram ter o "timing" para responder ou reagir ao que o gato, 100% produzido e animado por computador, dizia.
E o filme mantém o clima e o pique do mais famoso inimigo das segundas-feiras e fã de lasanha. As expressões faciais e gestuais do gato seguem o estilo de seus criadores, e a inteligência em seus comentários também correspondem.
A história em si é uma lição de vida bem ao estilo hollywoodiano. Fala de amizade, aceitação e rejeição. No início, Garfield era o único animal de estimação de John, mas quando este decide conquistar uma garota, acaba adotando o cachorro Odie (no filme, um cachorro de verdade, bem treinado e idiota o bastante para o papel), gerando ciúmes no bichano. Uma das melhores cenas do filme, inclusive, é quando, ao sair da pet-shop, Garfield vê o cachorro dentro do seu carro e começa a gritar (sem ser compreendido pelo John, apenas pelo público) dizendo: "Tem um cachorro no nosso carro! Tire ele daqui!". Impagável...
Garfield, O filme. Uma boa opção para aqueles dias em que tudo o que se quer é relaxar e rir um pouco.