17.8.04

Uma lição de amizade...


O cinema sempre se arrisca muito quando transforma sucessos dos desenhos animados em filmes. Muitos são os exemplos que sofreram esta mudança e não obtiveram sucesso. O maior exemplo que eu me lembro agora é o Mr. Magoo, o simpático velhinho cego que foi destruído por hollywood, mesmo na pele do ótimo Leslie Nielsen.

Mas para a felicidade geral, não foi o que aconteceu com o Garfield. A sorte do gato laranja talvez venha do fato de que, já no desenho, o felino se entendia e se comunicava com os seres humanos, mas não era compreendido. Ou seja, os atores que contracenaram com ele não precisaram ter o "timing" para responder ou reagir ao que o gato, 100% produzido e animado por computador, dizia.

E o filme mantém o clima e o pique do mais famoso inimigo das segundas-feiras e fã de lasanha. As expressões faciais e gestuais do gato seguem o estilo de seus criadores, e a inteligência em seus comentários também correspondem.

A história em si é uma lição de vida bem ao estilo hollywoodiano. Fala de amizade, aceitação e rejeição. No início, Garfield era o único animal de estimação de John, mas quando este decide conquistar uma garota, acaba adotando o cachorro Odie (no filme, um cachorro de verdade, bem treinado e idiota o bastante para o papel), gerando ciúmes no bichano. Uma das melhores cenas do filme, inclusive, é quando, ao sair da pet-shop, Garfield vê o cachorro dentro do seu carro e começa a gritar (sem ser compreendido pelo John, apenas pelo público) dizendo: "Tem um cachorro no nosso carro! Tire ele daqui!". Impagável...

Garfield, O filme. Uma boa opção para aqueles dias em que tudo o que se quer é relaxar e rir um pouco.

16.8.04

Voltando..

Olá meus queridos e poucos leitores... Depois de vários dias sem escrever nada, estou de volta.

Na verdade, não tenho escrevido nada por que não tenho tido ânimo. Não é nem que não tenha acontecido nada (até tem, mas isto é assunto para um outro post, para um outro dia...). O que tem me faltado é pauta, é assunto.

Pensando bem, assunto tem aos montes, eu não tenho tido é inspiração para escrever.

Então, eu vou escrever mais um post, no estilo dos últimos, daqui a pouco. Espero que gostem...

Abraços!!

4.8.04

Uma questão de Educação...

Entre os dias 28 e 31 de julho de 2004, Porto Alegre foi sede da 3ª edição do Fórum Mundial de Educação (as outras duas ocorreram, também em Porto Alegre, em 2001 e 2003).

Com o slogan "A Educação para um outro mundo possível", o evento reuniu na capital gaúcha educadores e profissionais da área provenientes das mais diferentes partes do país e do mundo. Espanhóis e uruguaios dividiram espaço com brasileiros e portugueses nos debates sobre os caminhos da educação no mundo de hoje. Alternativas e projetos de sucesso implementados ao redor do globo foram colocados em discussão durante os 4 dias de Fórum.

Um dos destaques de uma iniciativa como esta são os painéis, onde estudantes das mais variadas áreas apresentam os resultados de suas pesquisas. Estas exposições trazem um grande e importantíssimo intercâmbio cultural e de conhecimento.

O lado negativo do Fórum fica pela organização. Para explicar, vou falar da minha experiência pessoal.

Eu sabia já há alguns meses sobre a realização deste Fórum no final de Julho. Entretanto, por uma série de razões, não me interessei, a princípio, em participar. No dia da abertura fui até o Gigantinho (onde estavam sendo confirmadas as inscrições) e resolvi me informar. Sendo jornalista formado, pensei em entrar como "imprensa". Pronto para informar meu registro no MTB e/ou meu CPF e RG, fui buscar informações. Na minha frente na fila, um casal de canadenses que haviam feito sua inscrição pela internet e não conseguiam comprovar o pagamento (e teriam que pagar nova inscrição, pelo que dizia o atendente).

Ao chegar no balcão, perguntei se poderia fazer a inscrição como imprensa. Perguntaram se eu era jornalista e, com a minha resposta afirmativa - sem solicitar qualquer informação adicional ou documento - me entregaram um crachá de imprensa (com o qual eu poderia entrar em locais onde os próprios participantes do Fórum não teriam acesso). Na seqüência, perguntei sobre o material para a imprensa.


Sem pensar, o funcionário da organização me entregou uma bolsa igual a dos participantes. Sem discutir o fato de que seria bom se o evento tivesse se preparado melhor para receber a imprensa (com releases e informações adicionais), o que me impressionou foi que, no tal material, estava o certificado do evento (reproduzido ao lado).

Ou seja: enquanto alguns profissionais e educadores intimamente ligados às causas e aos debates do FME não puderam fazer sua inscrição por não poder arcar com o custo de R$ 50,00, qualquer um que se dissesse jornalista teria acesso a qualquer debate/oficina/palestra sem pagar nada.

O estranho é que isto ocorre justamente num evento que busca uma maior conscientização social no mundo. Com certeza, dentro desta conscientização está o respeito àqueles que cumprem com seus deveres (no caso, pagam a inscrição). Então, como explicar a falta de respeito da organização do evento, tanto com aqueles que pagaram a inscrição quanto com aqueles que realmente são jornalistas e/ou profissionais da imprensa?

2.8.04

Esmeraaalda A-êmi!

Pelo segundo ano consecutivo, Porto Alegre teve sua "Mostra de Inverno do Teatro Gaúcho". Peças escritas, apresentadas e produzidas por artistas regionais foram destaque no Teatro Novo DC durante os finais de semana do mês de julho. Depois de "Pois é Vizinha", "A Comédia dos Amantes" e "Bailei na Curva", a temporada foi encerrada com "Rádio Esmeralda AM".

A peça, dirigida por Hique Gomes e encenada por Adriana Marques (Cat Milleidy) e Simone Rasslan (Erothyldes Malta), é uma homenagem ao rádio, principalmente a época pré-televisão, com rádio-novelas, conselhos, astrologia, etc.

O destaque da peça fica pela surpresa. Quando se entra no teatro, a produção da peça pede os telefones dos espectadores. Em determinado momento, as atrizes mesclam ligações fictícias com ligações para pessoas da platéia. É neste momento que se vê a rapidez de raciocínio das atrizes e seu talento para o humor de improviso.

As apresentadoras do programa "Amor de Parceria" mostram sintonia, e tornam a peça realmente engraçada quando brincam, por exemplo, com expressões corporais e com as legendas das músicas (sendo, na verdade, um programa de rádio).

Sucesso há vários anos, "Rádio Esmeralda AM" é mais uma demonstração da força do teatro e da cultura gaúcha.