Dom Pixote e Clementina
Não são poucas as pessoas que eu conheço que não gostam do Jim Carrey. A maioria o rotulou como ator de "comédias-pastelão", e nem dá bola para seus filmes "sérios". O único que escapa deste "carma" é "O Show de Truman". Realmente, é o primeiro filme dele sem o tom bobalhão dos primeiros, e é mesmo muito bom.
Mas ele também tem outros filmes, posteriores ao que critica a televisão, muito bons. Dois que eu consigo me lembrar agora são "Cine Majestic" e "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças". O último, de 2004, é muito interessante.
O filme, basicamente (e tentando não entregar nada de importante) é sobre um cara que descobre que a sua namorada o apagou da memória, literalmente. E ele decide fazer o mesmo por que não suporta não significar nada, mas nada mesmo, para alguém a quem se amou, e se ama, tanto.
É impossível falar mais do filme sem entregar o jogo. O que eu digo é que vale a pena assistir. O roteiro é ótimo, Carrey está muito bem, e Kate Winslet (Titanic, Razão e Sensibilidade) também está muito bem.
Na verdade, eu fui assistir a este filme meio sem querer. Quando ele estava em cartaz no circuito comercial eu quis ir, mas não fui. Depois, passeando com uma amiga, acabei assistindo em uma sala de cinema "cultural" de Porto Alegre. Valeu muito a pena. Há tempos eu não era tão positivamente surpreendido por um filme. Pelo cartaz (que não é este aí ao lado), eu achei até que fosse mais um filme no estilo dos primeiros da carreira do Jim Carrey, e o título longo, ao mesmo tempo que me chamava a atenção, não parecia combinar com o filme.
Felizmente, o nome cabe muito bem no roteiro, e a tradução, por milagre, está corretíssima!
Quem não viu no cinema, sugiro que não deixe de assistir quando sair em vídeo. É um filme leve, divertido, mas que não deixa de ter uma mensagem muito importante, na qual eu acredito muito!
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