1.2.06

Quem você conhece?

O Orkut. O tão famoso, questionado, defendido, criticado, menosprezado, supervalorizado mas, no fim das contas, tão utilizado (em especial por nós, brasileiros) Orkut.

Seria ele bom ou ruim? Passatempo ou perda de tempo? Diversão ou perigo? Vida em sociedade ou invasão de privacidade?

Para mim, nem isso, nem aquilo.

Quando o Orkut surgiu, na virada de 2003 para 2004, parecia ser apenas mais um modismo. Todos entrando, se inscrevendo, se encontrando. Depois passou a "febre", e começou a fase dos reencontros "reais". Turmas de colégio, amigos distantes, familiares. Muita gente, por acaso ou não, reencontrou pessoas que não via há muito tempo (e algumas que nem queria ver).

Eu considero que agora o Orkut já se tornou algo comum, como o MSN, por exemplo. Quem tem, tem e se comunica, mas quem não tem não perde nada de "indispensável" como a "febre" fazia pensar.

No que diz respeito a tecnologia, o Orkut é incrível. Até a maleabilidade de ele poder ser muito importante ou completamente inútil faz dele algo, no mínimo, muito interessante.

Eu estou lá há quase 2 anos - entrei em meados de 2004. Já contei os amigos que tinha, depois os fãs, depois os recados. Por algum tempo, admito, me sentia valorizado por que tinha encontrado a tia do vizinho da cunhada da mulher do cara da padaria que um dia tinha pegado um ônibus comigo na volta do colégio pra casa.

Minha irmã saiu do Orkut por que ele estava lhe causando problemas. Na verdade, não era o Orkut que causava os problemas. Digamos que os problemas que ela teve seriam - e foram - causados por uma pessoa que - então estava se descobrindo - não fazia bem a ninguém nem "ao vivo". Entretanto, eu acho que o Orkut em si não é nem bom nem ruim. Bom ou mau é o "uso" que tu faz dele. Aliás, dele e de quase todas as coisas/amizades/relações que existem na vida.

Eu estava há tempos para escrever sobre isto, mas me faltava o porquê. Até que outro dia eu estava pensando, e descobri que o Orkut já me trouxe muitas coisas legais neste tempo...

No início, os amigos de pouco tempo que se perderam, como eu costumo dizer, por razão nenhuma. Depois, e por causa desses reencontros, fui "localizado" por colegas de colégio, de quase 15 anos atrás. Tivemos vários reencontros e, posso dizer, algumas velhas amizades voltaram, uma em especial. Outra amizade nasceu deste reencontro e, indiretamente, do Orkut.

Em 2005, com a situação de desemprego, procurei comunidades sobre jornalismo. Fiz bons contatos, quase fui para Maceió, e cheguei a conseguir uns freelas via Orkut...

As grandes mudanças, entretanto, vieram no fim do ano. Numa dessas comunidades sobre jornalistas eu descobri o blog de um colega de São Paulo (se não me engano) que, em algum momento de setembro, publicou um anúncio do Jornal A Notícia pedindo jornalista com experiência em web. Respondi ao anúncio e eis que aqui estou eu!

Não satisfeito, quando a vida me jogou em Joinville meu amigo Orkut (afinal, é o nome do criador) apareceu de novo. Como eu não era o único "novato" na cidade, uma colega já tinha entrado em algumas comunidades joinvilenses para se "ambientar". Obviamente, segui o caminho, e encontrei mais alguns amigos. Poucos talvez, mas importantíssimos, quase fundamentais, nestes meus primeiros meses...

Eu sei que o Orkut não seria a única forma possível de isto tudo acontecer, mas foi através dele que aconteceu. Que eu saiba o Orkut nunca me causou nenhum mal, e aí estão alguns dos "bons" que ele me proporcionou.

Existem os mais variados tipos de história sobre o Orkut. Não estou querendo dizer "o Orkut é imperdível, é indispensável, é maravilhoso". Apenas, digamos, dando o meu depoimento. Como eu disse: o Orkut não é bom ou ruim, mas a forma como o utilizamos pode ser.
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