Isto é um trabalho para...
Super-homem!! O mais clássico dos super-heróis é também o meu herói favorito. Além de ter sido o "primeiro" a ser adaptado para o cinema (séculos antes de Batman, Homem-Aranha ou X-MEN), o último sobrevivente de Kripton tem várias características com as quais eu me identifico, e outras com as quais eu gostaria de me identificar.
A primeira característica dele que eu não tenho, mas adoraria ter, é o poder de voar. Simplesmente pular da janela do meu apartamento e chegar lá embaixo tranqüilo. Talvez, dar um pouco mais de impulso e visitar um amigo, quem sabe um parente distante, ou até mesmo conhecer novos lugares... Já imaginaram que prático? Sim, eu sei que já imaginaram... Com a mudança da noção de distância, muitos outros aspectos da vida poderiam ser melhorados.
Quanto às características que eu tenho estão a sua incrível, e suposta, invulnerabilidade, a agilidade de raciocínio (a minha às vezes até quando absolutamente não foi chamada), e a sua facilidade de compreender o mundo e as pessoas. Também destacaria a velocidade como consegue modificar uma situação que na maioria das vezes parece desfavorável, para uma nova e, obviamente, bem mais interessante. Nem sempre a sua atitude soluciona o problema, mas pelo menos torna a queda menos dolorosa.
Outro aspecto com o qual eu me identifico é, sem dúvida, o mais fácil de perceber. Tanto eu quanto Clark Kent somos jornalistas!! E ambos bons jornalistas, se me permitem a modéstia. Falando sério, não digo que o Super-homem tenha me inspirado para ser jornalista, mas acredito que a representação que os filmes faziam de uma redação jornalística ajudaram na minha idealização. Além disso, a sua relação profissional e pessoal com as pessoas de um modo geral (colegas de trabalho, patrão, família, autoridades), é um bom exemplo de como agir. Mais uma vez, não que tenha me baseado nisto, eu apenas aponto como uma boa postura.
Não sei se repararam, mas antes eu falei na sua "suposta" invulnerabilidade. E é com isso que eu me identifico. O Super-homem parece sempre tão bem que ninguém se lembra de perguntar se ele está mesmo bem, se está precisando de alguma coisa, se, se... No meu caso, o auge desta fase já passou. Antigamente eu sempre queria aparentar estar bem, por mais que não estivesse. Assim, ninguém me incomodava, mas também, ainda que sem nenhuma má intenção, ninguém se preocupava. Com o tempo eu aprendi a aproveitar minhas amizades em sua plenitude, para os bons e para os maus momentos. Quando eu falo em amizade, aliás, também posso dizer que tenho um pouco da visão de raio-x do Homem de Aço. Tenho uma boa noção do momento certo de dizer as coisas (boas e as ruins), ao mesmo tempo que sempre consigo, mesmo nos momentos de muita raiva ou mágoa, ver o efeito que determinada ação ou palavra minha irá causar (e, assim, pensar 2 vezes ou me preparar para o revide).
Por fim, nos momentos em que me sinto mal comigo mesmo, ou com o mundo, a característica dele que me vem à cabeça é "os terráqueos não me entenderiam... e, de Kripton, só sobrei eu". Como se, naqueles momentos, eu mesmo me esquecesse do meu valor, e o fato de eu ser "diferente" me tirasse o direito de ser bem aceito, ou mesmo, respeitado. Em certos momentos, que um mínimo defeito desvalorizasse tudo o que eu tenho de bom.
É claro que, como o Super-homem, eu também tenho meu ponto fraco. A minha kriptonita é a "rejeição". De qualquer nível, mas, principalmente na vida pessoal. Eu sempre me preparo para ser - ou não - aceito e/ou compreendido, mas não é raro passar por momentos em que certas coisas acabam tendo um efeito muito mais devastador do que o esperado. Falando com uma amiga há alguns meses, eu defini isto da seguinte forma: "Eu tenho um grande inimigo. sabia? É, e este inimigo sou eu!".
Demorou mas eu compreendi que o único que realmente pode me atacar com kriptonita, sou eu mesmo....
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