10.3.05

Quando o milésimo é o vencedor

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Eu já disse várias vezes aqui que a coisa mais importante do mundo para mim são as minhas amizades. De perto, ou de longe, do dia-a-dia, do trabalho, de algum local onde eu trabalhei, das faculdades que eu freqüentei, do colégio ou dos diversos "grupos de amigos" que se formaram e se diluiram com o passar dos tempos. Em cada lugar eu deixo a minha marca, e trago comigo as boas recordações, e as amizades construídas.

Eu concordo plenamente com quem diz que o importante não é a quantidade, mas a qualidade de tudo que se tem ou que se faz. Eu, graças a Deus, posso dizer que tenho amigos de verdade conquistados em cada uma destas épocas. É claro que, quando se fala das mais distantes, as amizades estão mais no sentimento do que no convívio. Mas basta um reencontro para que os anos que passamos separados pareçam poucas semanas.

No ano passado isso aconteceu com dois "grupos de amigos" meus. Um foi o reencontro, acontecido em novembro, com o pessoal do colégio. Foi um momento fantástico, por ser, até pouco tempo antes, impensável. Naquele grupo estavam, sem dúvida, pessoas que eu trouxe comigo durante todos estes anos, mas que há muito eu já não encontrava mais. Perdidos nessa cidade tão grande e ao mesmo tempo tão pequena, reencontrá-los foi, como eu já disse aqui neste espaço, um dos grandes momentos do ano que passou. É bom ressaltar também que uma grande amizade nasceu daquele encontro, o que também me deixou muito feliz.

Outro reencontro foi com o pessoal "da Igreja". Eu ainda não cheguei a comentar especificamente esta fase da minha vida aqui, mas foi sem dúvida um momento muito importante. Há quase 10 anos eu fiz parte de um grupo de jovens da Igreja Católica, fiz um retiro e participei ativamente do movimento por um (curto espaço de) tempo. Logo minha vida tomou outros rumos, e eu acabei me distanciando, fisicamente, daquela rotina do sábados à tarde e da grande maioria dos amigos que eu construi ali. Nesta época eu também aprendi, é bem verdade, que por mais que se goste de alguém, amizade é uma coisa praticamente espiritual, no sentido de que existem "amigos" e amigos!

Pois bem. Ano passado também reencontrei estes amigos. Sobre alguns eu sempre tive notícias, "por aqui ou por ali", mas outros pareciam simplesmente ter sumido no vento. Feliz foi o momento em que eu os reencontrei e se, por um lado, nenhum de nós tem mais as condições de retomar o convívio antigo, os momentos que compartilhamos ano passado fizeram parecer, até mesmo, que todos éramos as mesmas pessoas de 10 anos atrás, tamanha foi a alegria e o prazer deste reencontro, e desta volta à velha rotina, ainda que isto não tenha durado muito tempo.

E é deste grupo que veio a visitante número 1000 do Impressão Digital. Vanessa Viana, minha grande amiga de muito tempo. Uma amizade que cresceu graças ao bom humor comum entre os dois (que, é bom registrar, às vezes beirava o débil, ehehe), que possibilitou a aproximação, a parceria e, com o tempo, a amizade. O nosso reencontro foi um dos que fez com que parecesse ter sido mês passado, e não 10 anos atrás, o fim daquela época da minha vida.

"Vane". Tenho certeza que nada disso foi novidade para ti. Sabes que podes contar comigo quando precisares, assim como sei que a recíproca é verdadeira. Se não nos encontramos mais com a mesma freqüência, ou se nos desencontramos, é por circunstâncias da vida. Quero que saibas, se ainda não sabes, que tens um lugar especial entre os meus amigos, assim como muitos que nem sempre têm a oportunidade de saber disso.

Como diz o Milton Nascimento: "Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar...."
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