11.7.05

A máquina do tempo...


Aí está ele. Depois de 20 anos de uma longa espera, aí está ele. Construído pelo Dr. Emmet L. Brown, e grande astro da minha trilogia cinematográfica favorita, ele finalmente chegou!!! O Delorean. Modelo "1955-2", digamos. Fabricado em 1999 pela Universal Studios.

Eu o queria há muito tempo . Depois, perdi a esperança - pois precisava importar - e acabei esquecendo. Até que na semana passada um amigo de infância, com quem não falo há muitos anos, me ligou para avisar que o havia visto, a venda, no Iguatemi. Não tive dúvidas, iniciei o lobby imediatamente, e consegui, pelo ineditismo da situação, adquirir o dispendioso souvenir.

É a típica coisa que não tem valor para 90% das pessoas. Mas para mim tem, e muito.

Ele está aqui do meu lado, onde um dia esteve uma televisão. Olho para ele e, pode parecer ridículo, quase vejo ele se mexendo. A minha imaginação vai longe... Por segundos eu viajo no tempo lembrando todos os lugares por onde ele passou durante a trilogia. Como será andar em um carro desses? A mim, sinceramente, emocionaria muito. Só de me imaginar abrindo a porta e puxando ela para cima.. meu Deus!!

Logo que cheguei em casa coloquei o filme no DVD para comparar. São idênticos! As portas abrem, o capô também, o Mr. Fusão está lá, assim como o capacitor de fluxo, os circuitos do tempo e todos os outros detalhes internos e externos, fidelíssimos!!

Diariamente, nós viajamos em 3 dimensões. Eu sei que é estranho colocar assim mas, fisicamente é o que acontece. Enquanto nos movimentamos, viajamos na largura, na profundidade e no volume do cosmos. Ainda não passamos disso. A quarta dimensão seria o tempo que, mesmo sendo relativo, ainda nos acompanha constante e inexoravelmente. Esta, por enquanto, só vencemos na ficção...

A pergunta que sempre me fazem é: para onde eu gostaria de ir? Questão dificílima... algum lugar/momento histórico? Meu passado? Meu futuro? Talvez várias gerações a frente? Não sei.. Eu acho que o que me apaixona nesta coisa de viajar no tempo nem é "visitar" este ou aquele acontecimento, mas a "simples" possibilidade de fazer isso. Não para mudar ou desfazer, mas para conhecer. Para desromantizar e para entender sim, mas para compreender e me decepcionar quando fosse o caso, também...

Pois bem, eis que o Delorean ela finalmente chegou ao seu último destino. 11 de Julho de 2005, aproximadamente 21 horas. Anos depois (ou antes?) de sobrevoar a Hill Valley de 2015, e de andar sem pneus por trílhos de uma ponte que ainda não existia, ele agora está aqui, eternamente estacionado no meu quarto.....
1972

Um comentário:

Anônimo disse...

eu sempre gostei da idéia de poder viajar no tempo...
desde muito tempo assisto a filmes de ficção e seriados de tv de cientistas que criaram máquinas do tempo inspirados em H.G. Wells...até chegar em back to the future e conhecer virtualmente esse fã Fábio fissurado mais que eu pela série, hehehe...
e que inveja, meu amigo, de seu de lorean... a mim,não me parece bobagem,pois curto essas coisas tb... são certas convicções que de certa forma tornam coisas em realidade...
eu tb gostaria de fazer muitas viagens pelo tempo, mas não para o futuro, não tenho curiosidade em saber de meu futuro ou o futuro da humanidade.
gostaria mesmo é de poder viajar no pensamento de alguém especial como Albert Einstein, Virgínia Woolf, Schopenhauer, Clarice Lispector,ou mesmo, Nietzsche, como no filme viagem fantástica, mas não para conhecer a sua fisiologia, sua morfologia, mas para conhecer a sua essência, seus segredos,seus medos, suas inquietações, suas inspirações, sentir o momento supremo do intelecto, da criatividade, da sensibilidade, da percepção da alma, da emoção eclodindo...
enquanto não podemos fazer isso, Fábio, viajamos com o pensamento, e graças a ele eu posso estar onde quiser e imaginar o que quiser, claro, se eu puder contar com uma imaginação tão criativa quanto a sua...
gosto muito de seus textos.
um abraço
morgana/sp